domingo, 25 de maio de 2014

Pauta da reunião

"Sem título", esferográfica sobre agenda, 2014.

Mais um daqueles sketchs rápidos de mais ou menos 15 minutos que fiz durante alguma reunião e que ficaram para trás na agenda.

A esferográfica utilizada foi uma com a ponta um pouco mais grossa que a comum, uma Bic Cristal 1.6 mm. Ela é um pouco mais fácil de rabiscar - e de manchar - o papel. Tentarei em breve fazer um trabalho com um pouco mais de hachura e detalhes para experimentar todo o potencial da caneta e postarei o resultado em breve.

sábado, 24 de maio de 2014

De tarde no parque

"Sem título", grafite Staedtler 8B
sobre papel Canson 200 g/m² tamanho A3.

Sábado produtivo no Parque da Cidade, em Brasília, começando com um desenho de observação feito com lápis Staedtler 8B sobre papel Canson 200 g/m².

Este foi o primeiro de dois desenhos feitos hoje a tarde. O segundo ainda não está terminado porque não deu tempo de trabalhá-lo com aquarela. Mas a estrutura do desenho já está pronta, terminarei em breve e postarei o resultado aqui.

A minha modelo não achou os desenhos muito parecidos, mas, mesmo assim, gostou dos resultados. Eu também...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Pé"-c Man

Uma brincadeirinha saudável para variar um pouco.


Às vezes é bom pegar uma caneta, um lápis ou qualquer outro material e fazer o que vier na cabeça, sem a preocupação de produzir algo "bonito" ou interessante para quem quer que seja.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Diário [gráfico] de viagem

Quando vejo meus meus diários gráficos sei que cada trabalho que ali está trará alguma lembrança. No caso daqueles que levo comigo durante alguma viagem, lembranças de bons momentos sempre vem a tona.

A pintura abaixo foi feita diretamente com pincel e aquarela. Mas o melhor de tudo foi que foi feita no local, sem interferências posteriores.

"Praia de Jacumã, ilha de Santo André, Bahia",
aquarela sobre sketchbook, 2013.

Trabalhar diretamente na praia, observando as ondas do mar quebrarem lentamente, foi uma experiência única e inesquecível!
Lembro que a praia de Jacumã, localizada na ilha de Santo André, Bahia, era um local lindíssimo! Por ser praticamente deserta, a areia não tinha sujeira nenhuma, a água era de uma azul inacreditável, as ondas, na medida certa, nem muito paradas ou muito agitadas, e, para completar, não tinham corais ou algas na água.

Confesso que fiquei com medo de levar meu estojo de metal para a praia, tanto por receio de que ele enferrujasse, quanto por medo de que ele se enchesse de areia. Bom, acho que não é para menos, já que ele veio diretamente da Europa e não se encontra esse modelo para vender pelas bandas de cá. Mas o sacrifício valeu a pena.

Depois disso este mesmo estojo já fez outras viagens. Mas isso já é assunto para uma outra postagem.

domingo, 18 de maio de 2014

Pensamento da semana

“Criatividade é permitir a si mesmo cometer erros. Arte é saber quais erros manter.”

Scott Adams, cartunista norte-americano criador do personagem Dilbert.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mantendo a tradição

Iniciar um novo sketchbook é sempre um prazer. Por isso, sempre começo com algum trabalho que realmente gosto de fazer. Não que eu costume fazer o que não gosto em meus trabalhos, mas desenhar uma caveira é algo que tem um valor sentimental para mim.

Assim, mais uma vez, decidi manter a "tradição" e comecei esse Moleskine com um crânio em aquarela.

Iniciei com um desenho suave com lápis 2H apenas para marcar o papel.


Depois, pintei o crânio em um tom mais amarelado, destacando as áreas de luz e sombra.


Por fim, pintei um fundo vermelho, também para manter a tradição, de maneira mais aleatória, sem muita definição ou preocupação com o resultado final.

"Sem título", aquarela sobre Moleskine, 2014.

Em breve postarei mais pinturas/desenhos desse Moleskine que é mais específico para trabalhos com aquarela.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Experimentação com esferográfica

"Sem título", esferográfica sobre agenda, 2014.

Sketch rápido na agenda pensando em novos trabalhos/experiências com caneta esferográfica.

Acredito que o estilo não será exatamente este, com tantos traços soltos e aleatórios, mas esse serviu para soltar mais a mão enquanto via o desenho se formando em meio à rabiscos.

Apesar da data mostrada, o sketch é atual; eu apenas usei umas páginas em branco que ficaram para trás.

Amanhã farei a primeira experimentação e postarei aqui o resultado.

terça-feira, 13 de maio de 2014

"Selfie"

"Autorretrato", aquarela e guache sobre
Canson 300 g/m², 21 x 30 cm, 2014.

"Selfie" à maneira clássica, ou, em outras palavras, um autorretrato em aquarela.

Representar a si mesmo não é nenhuma novidade. Há alguns séculos (mais precisamente em 1433), o pintor Jean van Eyck iniciou esse tipo de trabalho na pintura. Depois disso, diversos outros artistas – ou não – fizeram o mesmo.

Hoje, com a popularização da fotografia, principalmente nos celulares, ela virou uma coisa tão banal que perdeu, de certa forma, o seu sentido, e os "selfies" corroboram significativamente para isso. Todavia, outros significados surgem com essas mudanças e agregam informações sobre as transformações do mundo em que vivemos.

A única coisa que me incomoda nisso tudo é o fato de que para essa nova geração – e para as anteriores que foram "contaminadas" pela instantaneidade do “click” – o que não é fotografado não existe. Em outras palavras, quando as pessoas não tiram fotos de algum (ou qualquer) momento e compartilham em uma rede social, elas mal conseguem o aproveitar e aquele instante parece ter menos graça.

A memória ainda é algo que eu cultivo, que me estimula a viver e a trabalhar como artista. Por isso, em certos momentos prefiro que o único registro visual seja aquele que reside na lembrança – mesmo isso sendo, de certa forma, uma contradição para alguém que representa (e se representa) por imagens. Seja como for, continuo acreditando nas famosas palavras do Pequeno Príncipe: “o essencial é invisível aos olhos”.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O que sobrou da Páscoa

"Sem título", guache sobre papel kraft, 2014.

Isso foi tudo o que sobrou da Páscoa: os restos do coelho capitalista depois de ser trucidado por populares por conta dos preços abusivos dos ovos de chocolate - que ele nunca botou, porque ovos não são de chocolate e porque ele é um mamífero!

Brincadeiras a parte, esse foi um trabalho rápido que fiz para compartilhar durante a Páscoa pela minha página do Facebook. E como eu ainda não havia postado aqui no blog, está aí o resultado.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

8 de maio: dia do Artista Plástico

"Sem título", lápis de cor sobre papel Canso preto, 2014.

Hoje é um dia de observar com atenção não apenas a beleza do mundo, mas também a beleza daquilo que se representa no mundo. De fato, a beleza da natureza é algo incomparável; mas em tudo aquilo que concerne ao ser humano, naquilo que não surgiu naturalmente, que foi projetado, arquitetado e produzido existe por trás a mão de um profissional muitas vezes esquecido: o artista plástico.

No passado, ainda no período pré-histórico, o homem que pintava as paredes das cavernas não era visto como qualquer pessoa de sua tribo. Ele fazia o que poucos conseguiam fazer, desenhando com carvão, pedras e ossos os animais que deveriam ser caçados. Também por esse motivo, o artista era visto como o mago de sua tribo, o feiticeiro que conseguia apreender a alma dos animais nas enormes e frias paredes das cavernas.

Hoje, vivendo em um mundo cada vez mais materialista, ele é aquele que trabalha onde ninguém vê, em seus pequenos ateliês (quando podem manter um), nos quartos abandonados ou no cantinho que sobrou no fundo da garagem, buscando, depois de anos de dedicação e estudo, um pouco de reconhecimento pelo seu trabalho. Claro que há exceções, mas a regra, infelizmente, ainda é essa.

Olhar para o mundo e confirmar aquilo que todos dizem, que o ele vai de mal a pior, é muito fácil. Mas dedicar sua vida para tornar este mesmo mundo um lugar melhor, mais harmônico e agradável de se ver – mesmo quando se trata de arte bizarra ou grotesca – é algo que poucos estão dispostos a fazer mas que é fundamental, pois alimenta a alma e satisfaz o espírito.

Então neste dia 8 de maio, mais do que parabenizar um artista, aprenda a respeitar e reconhecer o seu trabalho, porque esta mudança de mentalidade leva a uma mudança de atitude, e isso vale mais do que qualquer palavra.

domingo, 4 de maio de 2014

Voltando a descorticar

Depois de muito, muito tempo sem tirar a pele de ninguém, voltei a descorticar neste final de semana.
Na verdade, tudo começou com o que escrevi na última postagem, quando percebi que este é o momento certo de voltar a trabalhar, pois as coisas estão bem resolvidas internamente para que eu possa externar a arte que me move.

Esse desenho estava parado desde 2012, se não me engano, exatamente neste ponto:

"Natureza Íntima (estudo # 43)" - processo.

Comecei pegando um bom livro de anatomia para relembrar os músculos da face e os desenhei de maneira suave, apenas para marcar o que estaria ou não no desenho final.

"Natureza Íntima (estudo # 43)" - processo.

Em seguida, comecei a trabalhar a pele da personagem e escureci um as cavidades ósseas e uma parte do cabelo.

"Natureza Íntima (estudo # 43)" - processo.

Parti, então, para o sombreado dos músculos, para a definição dos dentes e para os detalhes do olho, já pensando na luz e na sombra ali envolvidas.

"Natureza Íntima (estudo # 43)" - processo.

E para finalizar, desenhei cuidadosamente os fios de cabelo, começando pelos mais claros com lápis 6H, 2H e HB, escurecendo aos poucos com 2B, 4B, 6B e 7B. Eu até poderia usar alguns tons mais escuros de grafite, como o 8B e 9B, que também possuo, mas achei desnecessário, pois não os tinha usado no restante do trabalho e também porque o papel deste Moleskine não é exatamente para desenho.

"Natureza Íntima (estudo # 43)", grafite
sobre Moleskine, 2014.

Eu gostei do resultado. E gostei também de faltar apenas 3 páginas para eu finalizar meu primeiro Moleskine - que foi dedicado inteiramente ao estudo da série Natureza Íntima. Mostrarei também o resultado completo deste caderno assim que o terminar.

Bom, isso é tudo, pessoal!
Gostaria apenas, antes de finalizar essa postagem, de deixar aqui o meu agradecimento a minha namorada Layla. Apesar de não fazer isso sempre (pela internet), preciso dizer que em todas as dificuldades e desafios enfrentados ela sempre está pacientemente ao meu lado, sempre disposta me ajudar e a superar tudo no momento certo. Sem ela, esse blog, o meu site, página do Facebook etc, não estariam no ar.

Então, sem mais delongas, to de volta, macacada!
Abraços.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Notas sobre improdutividade

Dia 1º de maio é o dia do trabalhador, dia de descanso merecido para quem rala de semana a semana para ganhar o pão de cada dia. Pensando nisso e observando a ausência de atualizações no blog por mais de um mês, cabem aqui algumas reflexões sobre improdutividade, a começar pela seguinte questão: no caso do artista, isso se trata ou não de preguiça?

Como profissional da arte posso afirmar que não. Sendo o artista um ser mais sensível do que as pessoas normalmente são [sensibilidade esta necessária para compreender e representar o mundo à sua maneira], fatores externos e internos alteram significativamente a sua produção – ou a ausência dela.

A relação entre as coisas é mesmo impactante no trabalho artístico. Sendo este um trabalho – geralmente – solitário, alguns pintores, desenhistas ou escultores, por exemplo, representam o que sentem em seu trabalho. Algo esporádico como um momento de muita dor ou sofrimento alteram a produção de maneira imprevisível: pode ser que as suas obras simplesmente passem a ser mais caóticas, sombrias ou grotescas, bem como pode acontecer justamente o contrário, de sua obra não ser, ou seja, de não haver mais produção.

Então não se trata necessariamente de ócio, moleza ou vadiagem, mas de uma incapacidade de criar que vai além do que se pode explicar.

A vida de artista realmente não é fácil. Há algum tempo li uma pesquisa que falava sobre as 10 profissões mais estressantes para se trabalhar no Brasil, e dentre elas estava qual? A de artista, por se tratar de algo muito desgastante, por não ser valorizado por boa parte da sociedade, por não trazer um retorno financeiro certo no final do mês (com suas exceções, claro), dentre outros fatores. Como se isso não fosse o bastante, uma outra profissão estava dentre as citadas, a de professor. [Como exerço as duas, dá pra imaginar o que isso significa em minha vida...].

Recentemente passei por um momento de improdutividade criativa que, por mais que tentasse, não conseguia produzir algo que considerasse realmente bom para compartilhar, ficando assim ausente e distante de uma das coisas que me movem não apenas como artista, mas como ser humano. Precisei dar tempo ao tempo e me distanciei um pouco das séries de trabalhos em andamento e de tantas ideias que tive nesse período que não consegui colocar em prática. É muito estranho olhar para tantos materiais sensacionais que possuo, como lápis, tintas e pinceis, todos da melhor qualidade, e não conseguir utilizá-los. [Na verdade, é muito mais frustrante do que qualquer outra coisa!].

Agora, com tudo no seu devido lugar, creio que essa fase ruim passou e a vontade [e capacidade] de produzir aflorou novamente em meu ser. Como eu sempre digo, paciência e persistência é tudo na vida. Afinal, não há noite suficientemente longa e escura que não se acabe com o raiar do dia.

Sem mais delongas, neste 1º de maio, vamos trabalhar, né?!

Abraços!