Mas agora que o blog voltou e está a todo o vapor, finalizarei o que comecei.
Transferido o desenho para a matriz, iniciei a fase da gravação. Essa, que geralmente é a fase mais demorada, teve de ser feita com a maior rapidez possível, pois eu tinha que entregar a gravura pronta no final do semestre e não havia mais tempo para enrolação.
É meio difícil de acreditar, mas eu posso jurar que comecei e terminei a gravura em um único dia! Prova disso é que eu juntei toda a sobra de madeira produzida durante o dia e fotografei ao lado da matriz gravada.
Mas como nem tudo são flores, posso jurar também que depois de terminada a gravura minha mão estava tão dolorida que eu não conseguia movimentá-la direito, e mesmo depois de colocar gelo, alongar os dedos e o pulso, ela ficava basicamente na mesma posição, como se eu ainda estivesse segurando a goiva.
Enfim, com mais detalhes logo abaixo, o resultado da prancha sem tinta, seguido dela depois de entintada.
E, claro, para finalizar, a gravura impressa como manda o figurino, em papel de arroz, pronta para ser emoldurada, se for o caso.
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"Sem título", xilogravura, 2011. |
Há pontos positivos e negativos em se fazer um trabalho com tanta pressa. É interessante pensar e executar o trabalho de modo que o resultado seja mais rápido do que geralmente acontece. Entretanto, dependendo do processo desenvolvido, pode-se sofrer determinadas consequências. No meu caso, uma mão dolorida por mais ou menos uns cinco dias! Mas se me perguntarem se me arrependo, a resposta é bem simples: com certeza não...
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