A semana começou assim: trampo (muito trampo!), cansaço, sono e, para acompanhar, uma preguicinha justificável. Mas como agora eu to voltando à ativa, resolvi fazer diferente.
Aproveitando aquele momento raro de bus vazio, indo sentado confortavelmente (essa parte é mentira, só para florear a história mesmo) para o segundo emprego do dia, comecei a desenhar sem muitas pretensões. Mas acabei gostando e decidi continuar no horário de almoço do mesmo dia – terça feira – e do dia seguinte. O resultado foi este mostrado logo abaixo.
Não preciso falar que este foi um estudo “de verdade” para a série Natureza Íntima, como há algum tempo eu não fazia. E apesar de eu não ter usado referência fotográfica, gostei bastante do trabalho finalizado.
Os detalhes são os mesmos que sempre procuro representar: a seriedade de um olhar distante que acompanha uma inexpressão facial como um todo, de modo que o olhar do observador foque na descorticação, que pode ser sutil ou bem exagerada. Neste caso, ela figura no canto superior esquerdo da cabeça e desce pela lateral, sem simetria ou proporção, o que tira um pouco do impacto visual à primeira vista. Entretanto, um detalhe que ressaltei para reforçar o lado grotesco foi a falta da orelha esquerda devido ao corte escolhido, algo que deixou o personagem um pouco mais excêntrico.
Enfim, eu não pude postar o processo do desenho porque eu não o fiz em casa, mas já comecei um outro (também dentro do ônibus) que devo detalhar um pouco mais cada uma das etapas. Mas, seja como for, este já entrou para a lista de espera dos trabalhos que pretendo pintar ainda este ano, e já estou ansioso para isso.
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