domingo, 29 de maio de 2011

Pensamento da semana

"Criar não representa um relaxamento ou um esvaziamento pessoal, nem uma substituição imaginativa da realidade; criar representa uma intensificação do viver, um vivenciar-se no fazer; e, em vez de substituir a realidade, é a realidade. [...] Somos, nós, a realidade nova. Daí o sentimento do essencial e no necessário no criar, o sentimento de um crescimento interior, em que nos ampliamos em nossa abertura para a vida."

Fayga Ostrower, em Criatividade e processos de criação.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dama Negra

Castro Alves para começar bem o fim de semana.
Sem comentários...

"Dama Negra", grafite sobre sketchbook artesanal, 2011.

DAMA NEGRA

Por que tardas, meu anjo! oh! vem comigo.
Serei teu, serás minha... É um doce abrigo
A tenda dos amores!
Longe a tormenta agita as penedias...
Aqui, ao som de errantes harmonias,
Se adormece entre flores.

Quando a chuva atravessa o peregrino,
Quando a rajada a galopar sem tino
Açoita-lhe na face,
E em meio à noite, em cima dos rochedos,
Rasga-se o coração, ferem-se os dedos,
E a dor cresce e renasce...

A porta dos amores entreaberta
É a cabana erguida em plaga incerta,
Que ampara do tufão...
O lábio apaixonado é um lar em chamas
E os cabelos, rolando em espadanas,
São mantos de paixão.

Oh! amar é viver... Deste amor santo
— Taça de risos, beijos e de prantos
Longos sorvos beber...
No mesmo leito adormecer cantando...
Num longo beijo despertar sonhando...
Num abraço morrer.

Oh! amar é ser Deus!... Olhar ufano
O céu azul, os astros, o oceano
E dizer-lhes: "Sois meus!"
Fazer que o mundo se transforme em lira,
Dizer ao tempo: "Não... Tu és mentira,
Espera que eu sou Deus!"

Amemos! pois. Se sofres terei prantos,
Que hão de rolar por terra tantos, tantos,
Como chora um irmão.
Hei de enxugar teus olhos com meus beijos,
Escutarás os doces rumorejes
D'ave do coração.

Depois... hei de encostar-te no meu peito,
Velar por ti — dormida sobre o leito —
Bem como a luz no altar.
Te embalarei com uma canção sentida,
Que minha mãe cantava enternecida
Quando ia me embalar.

Amemos, pois! P'ra ti eu tenho nalma
Beijos, prantos, sorrisos, cantos, palmas...
Um abismo de amor...
Sorriso de uma irmã, prantos maternos,
Beijos de amante, cânticos eternos,
E as palmas do cantor!

Ah! fora belo unidos em segredo,
Juntos, bem juntos... trêmulos de medo,
De quem entra no céu,
Desmanchar teus cabelos delirante,
Beijar teu colo!... Oh! vamos minha amante,
Abre-me o seio teu.

Eu quero teu olhar de áureos fulgores,
Ver desmaiar na febre dos amores,
Fitos fitos... em mim.
Eu quero ver teu peito intumescido,
Ao sopro da volúpia arfar erguido
O oceano de cetim.

Não tardes tanto assim... Esquece tudo...
Amemos, porque amar é um santo escudo,
Amar é não sofrer.
Eu não posso ser de outra... Tu és minha,
Almas que Deus uniu na balça edênea
Hão de unidas viver.

Meu Deus!... Só eu compreendo as harmonias,
De tua alma sublime as melodias
Que tens no coração.
Vem! Serei teu poeta, teu amante...
Vamos sonhar no leito delirante
No templo da paixão.



Castro Alves, "Amemos!"

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma luz no fim do túnel


"O preço que se paga às vezes é alto demais
É alta madrugada, já é tarde demais
Pra pedir perdão...Pra fingir que não foi mal
Uma luz se apaga no prédio em frente ao meu..."


Em épocas obscuras o futuro parece ainda mais incerto. São tantas aporias que as vezes preferimos não andar e esperar que as coisas venham até nós - o que, obvio, não acontece. Uma escolha errada e...


Conversando com uma amiga recentemente, disse que neste momento eu gostaria de enxergar um pouco mais de claridade no meu caminho, e não apenas o ponto de luz no fim do túnel. Isso porque a sensação de estar sempre esperando por algo é quase tão frustrante que a de andar sem rumo algum. Se para frente lidamos com o futuro, com o incerto, o que passou, como o próprio nome já diz, é passado, não volta mais. Cada porta é uma escolha que, depois de aberta, abre novos caminhos sem, contudo, deixar os anteriores acessíveis.


Não há o que fazer a não ser improvisar e levar comigo a luz que for possível. E se, mesmo assim, ela apagar no meio do percurso, aí é a hora de fechar os olhos e deixar a intuição guiar o corpo. Ela acaba nos fazendo trilhar não o caminho mais fácil, tão pouco o mais seguro, mas o que nos leva aonde queremos chegar. Isso pode até demorar um pouco, mas é um mal necessário...

"O Preço" pode, de fato, ser alto demais. Mas como só se vive uma vez, vale arriscar e pagar para ver.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Bom começo


Esse final de semana foi de festa.

Empolgado com o quite de lápis de cor, giz de cera e canetinha que meu sobrinho Felipe de 4 anos ganhou, ele resolver presentear a família inteira com seus desenhos.

Apesar de eu não estar junto, recebi hoje o meu. Segundo ele, este desenho acima é a minha cama...

Para saber de quem era, ele me desenhou ali do lado e ainda escreveu - da maneira dele -  para quem era e o que significava cada coisa desenhada. E olha que a letra está melhor do que a minha.

O que achei mais curioso foi o que minha mãe contou. Ela me disse que quando ele estava desenhando, falou: "tenho que desenhar muito porque o tio Netinho é artista". Bom, espero que eu esteja passando alguma coisa boa para frente, nem que seja somente o prazer de segurar em um lápis, rabiscar uma folha e, com isso, fazer alguém feliz.

domingo, 22 de maio de 2011

Pensamento da semana

"Ora, filosofemos em português sobre o desenho, pois é possível. Quando desenho, se “desenho-um-desenho”, isso faz nascer a obra, mas, ao mesmo tempo, quando sou eu-que-desenho, sou eu que nasço no próprio ato que crio. "Desenho" é uma palavra que subsume a condição existencial do eu com seu próprio ato. Para usar um "lacanês" válido: me torno meu significante; mais que isso, vou junto do significante que crio até, por um ato linguístico e lógico, tanto quanto existencial, sou o significante. Todo desenho, neste aspecto, pode ser explicado pela boa teoria de Marx sobre a ação humana: o homem é fruto do seu trabalho, o homem é a sua própria obra, ele é o que é por meio daquilo que faz."

Marcia Tiburi e Fernando Chuí, em Diálogo/Desenho.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ela não é só um rostinho bonito

"Sem título". Técnica mista sobre sketchbook, 2011.

Bom, se ela já foi um rostinho bonito, acho que isso já faz muito tempo...

Essa é mais uma daquelas famosas ilustrações cretinas para alegrar e comemorar a chegada do final de semana. Então não fique aí atoa. Afinal, há sempre alguma coisa boa para se fazer. Basta se propor a isso - e estar vivo, claro...

Cito aqui e faço minhas as palavras de Oscar Wilde: "viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tudo junto e misturado

"Sem título". Grafite sobre papel kraft, 2011.

Som muito alto, música eletrônica estourando meus miolos (e dos vizinhos também!) e pique acelerado, a todo vapor!

Enquanto preparava as telas para as próximas pinturas, fiz alguns dois sketches sem tanta preocupação com um trabalho mais formal. A cada intervalo que separa uma demão e outra, ataquei o meu sketchbook mais antigo, o que não possui quase nenhuma página em branco. Ele já foi costurado assim, com as páginas previamente sujas de tinta de maneira aleatória. Nele, todos os desenhos precisam ser feitos tendo em mente que o fundo vai colaborar – ou atrapalhar – na sua execução. Ou seja, é difícil precisar exatamente o resultado final. O acaso está sempre presente.
O engraçado é que por muito tempo este caderno ficou abandonado em alguma gaveta do guarda-roupa. Depois de ter o feito, desgostei do resultado e não tive muita vontade de usá-lo. Hoje, quatro anos depois, ele tem sido um dos meus maiores companheiros...

"Sem título". Grafite sobre papel kraft (página esquerda).

Fazendo tudo ao mesmo, tentei aproveitar cada minuto – já que o tempo está bem escasso – e acabei testando na prática o famoso dito popular: "enquanto descansa, carrega pedra!"

"Sem título". Grafite sobre papel kraft (página direita).

A bem da verdade, acho que gosto das coisas é assim mesmo.

Pelo menos enquanto eu aguentar o ritmo frenético, deixo o repouso para o lar dos velhinhos...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A brutalidade e o sensível

Semana passada tive o prazer de participar da abertura de um projeto muito interessante.

Estou estagiando em uma escola pública e, aproveitando a semana cultural ocorrida nas escolas do DF, vi a inauguração do "Cine Club Centrão" (Centro Educacional 2 de Taguatinga, ou apenas Centrão, como é mais conhecido).

O projeto, pelo que entendi, é do Ministério da Cultura e beneficia as escolas com a aparelhagem para fazer sessões de cinema, desde que, em contrapartida, a escola se comprometa a fazer sessões periódicas, registradas em ata e com fotos.

O que achei interessante é que os filmes não são os conhecidos no circuito. São curtas feitos em Brasília, por cineastas e diretores daqui, que conhecem a cidade e que fazem um trabalho que vale a pena ser visto.

O curta que abriu o Cine Club foi o documentário "Oficina Perdiz", do diretor Marcelo dias. O filme mostra Perdiz, um senhor dono de uma oficina mecânica no Plano Piloto, um homem bruto (palavras citadas no filme), semianalfabeto que decide abrir espaço em seu local de trabalho para a arte. Sua oficina, que de dia é local de um ofício braçal, a noite virava o Teatro Perdiz, um local underground que dava oportunidade tanto para novos atores, quanto para grupos de teatro local mostrarem seu trabalho.


É curioso tentar entender como a arte surge dos locais mais inesperados, dando frutos doces para uns, e amargos para outros. Se por um lado, era um dos únicos lugares que pessoas mais humildes (ou não) tinham para ter contato com um programa cultural diferente, para as autoridades eram avaliadas apenas questões políticas de desapropriação de um local que estava ocupado pela mesma pessoa a mais de 40 anos.

O filme já foi exibido em diversas mostras e festivais nacionais e internacionais, ganhando muitos prêmios aqui e no exterior. Na ocasião, o diretor do filme estava presente e debateu sobre diversas questões, inclusive sobre as dificuldades de se trabalhar com arte e cultura.

Vale a pena parar um pouco e assistir, já que o curta não chega nem a 20 minutos de duração. Ele pode ser assistido pelo blog, na guia do "You Tube", ou direto do site por este link. Ele está dividido em duas partes porque o You Tube não aceita vídeos acima de 15 minutos.

Agora é só pegar a pipoca, apagar a luz e se divertir.

domingo, 15 de maio de 2011

Pensamento da semana

"Na época em que a criança é capaz de desenhar algo mais que rabiscos, ou seja, por volta dos três ou quatro anos de idade, um conjunto de conhecimentos conceituais, já bem estabelecidos e formulados em termos verbais, domina sua memória e controla seu trabalho gráfico (...). Os desenhos são exposições gráficas de processos essencialmente verbais. À medida que uma educação essencialmente verbal passa a dominar, a criança abandona seus esforços gráficos e passa a depender quase inteiramente de palavras. A linguagem primeiro estraga o desenho e, depois, engole-o completamente."

Karl Buhler, 1930.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Para lembrar de outras épocas

"Sem título", nanquim e caneta colorida sobre papel kraft (sketchbook).

Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso).
Antoine De Saint-Exupéry, em "O Pequeno Príncipe".

Um pouco de nostalgia não faz mal a ninguém. Essa manhã lembrando (não sei o porquê) do livro que não li na minha infância, mas que li depois de adulto com a criança que não morreu jamais em mim, fiz esse desenho rápido que me trouxe algumas boas lembranças e sensações.

Na verdade, não tive a intensão de ilustrar o livro - que para mim é o mais bem ilustrado que eu já vi. Apenas pensei nas pessoas que abandonaram pela estrada, em algum momento de suas vidas, talvez a melhor parte do que já foram.

Sempre há tempo de ser feliz como já se foi um dia. Basta se propor a isso...

domingo, 8 de maio de 2011

8 de maio: dia do Artista Plástico


Se ser mãe é padecer no paraíso, ser artista é permanecer (constantemente) no limbo!

Estudamos muito, trabalhamos ao extremo, somos consumidos pelo nosso ofício. Em contrapartida, recebemos pouco. Pouco dinheiro, pouco respeito, pouca aprovação.
Claro, esse ofício para nós é extremamente prazeroso, mas não deixa, de maneira nenhuma, de ser sério.

Buscamos esse reconhecimento que nem sempre obtemos de muitas formas, já que os julgamentos antecipados e errôneos são grandes entraves para isso. As pessoas, de modo geral, acham que conhecem, mas não chegam nem mesmo a olhar-nos como profissionais. É aquela velha história: que qualquer um seja artista, a não ser meu filho... Infelizmente, em nossa sociedade, vivemos o mito da genialidade - não apenas para arte, mas esta ilusão se aplica aqui perfeitamente. Ou você é um Michelangelo, um Rembrandt, um Dalí ou um Picasso, ou não é ninguém; ou é um gênio a frente de seu tempo ou é reduzido a nada.

Pois bem, estamos onde as pessoas menos imaginam. Os espaços, galerias, e museus são a meta de muitos, mas não são os únicos caminhos possíveis.
Estamos por trás da página da revista, ilustrando a leitura e tornando-a mais agradável.
Estamos nos bastidores da peça de teatro, construindo um cenário ou elaborando um figurino.
Estamos naquele filme que você gosta e que ganhou (ou não) o Oscar de melhor fotografia e/ou efeitos especiais.
Estamos naquela propaganda que te encantou ou que te fez rir.
Estamos até, anonimamente, na sua novela favorita, ajudando as personagens a ganhar vida e te emocionar ainda mais.
Enfim, podemos estar em tantos lugares e em tantas variadas funções, que o conceito de artista-filósofo - aquele que senta debaixo de uma árvore e fica horas esperando a inspiração descer como uma anunciação divina, fazendo-o produzir um trabalho como um ser fora do comum - deve ser repensado.

Para aqueles que sofrem, se angustiam e brigam consigo mesmo e com o mundo para torná-lo um lugar melhor para todos nós, mais agradável visualmente, conscientemente e intelectualmente, felicitações mais do que justas neste dia.

8 de maio: dia do Artista Plástico.

sábado, 7 de maio de 2011

Em cores gritantes

Como já disse em uma postagem anterior, é interessante pegar algum papel de cor diferente e arriscar/rabiscar para ver o resultado.

Em uma das páginas de um diário gráfico que é todo colorido, vi este verde gritante com uma mancha em um vermelho tão vivo que, combinado ao fundo, é quase uma agressão visual! A explicação (a grosso modo) é que por ser o vermelho uma cor complementar ao verde no círculo cromático, elas são opostas entre si. Isso causa esta estranha sensação ao olha-las juntas.

Comecei, então, a rabiscar com caneta nanquim e, posteriormente, coloquei um pouco de pastel branco nas regiões de luz, quase nada de aquarela nos lábios e menos ainda de sanguínea na mesma região, tentando alcançar um vermelho parecido com o que já estava na página, apenas para dar um contraponto. Há ainda um pouco de caneta colorida na região ocular, apenas para realçar um pouco o olhar (afinal, não é porque ela é verde que precisa ser desleixada...).

"Sexy!", técnica mista sobre papel colorido, 2011.

E, só para constar, não é a Mulher-Hulk. É apenas a cor do papel.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estudos para pescoço e mandíbula

Ow, semaninha difícil...
Demorada, estressante, massiva... Tava do jeito que o "sete-peles" gosta!

Mas, como a vida não pode parar e eu tenho prazos a cumprir, mais dois esboços bonitinhos para não perder o costume.

O primeiro, estudo de perfil com o pescoço descorticado. Nele é possível observar os músculos, as cartilagens e a tireoide. O tratamento de luz e sombra foi feito com hachuras mais marcadas, de modo que no resultado final elas ficassem bem visíveis, e não tanto esfumaçadas.


Já este outro é um dos estudos de descorticação irregular e assimétrica, pegando a parte inferior do rosto. Deixei mais aparente à região dos dentes e mandíbula, mas alguns músculos ainda ficaram expostos, como o corrugador do lábio superior, apesar dele também estar seccionado.


Os esboços para as próximas telas já estão prontos, mas continuarei a postar outros estudos, já que isto nunca é demais. É sempre bom se espelhar em quem é autoridade no assunto. Picasso - que dispensa comentários - chegava a encher um caderno inteiro com desenhos para uma única tela. Ou seja, tenho ainda muito trabalho pela frente e, assim, muitos sketches para mostrar...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Passo a passo

Este desenho foi feito em técnica mista, aproveitando um intervalo de hoje de manhã.

Como utilizei pastel, prefiro um papel que não seja muito "limpo". Não que isso seja obrigação, mas como o pastel é um tipo de giz que é praticamente o pigmento puro, ele risca quase todas as superfícies. Por isso, gosto de aproveitar a cor do papel, as manchas, marcas, rabiscos, amassados ou o que quer que o papel contenha.

Aproveitei uma página de um dos meus sketchbooks artesanais - o primeiro que eu fiz - em que quase todas as páginas foram previamente sujas com tintas variadas e de maneira aleatória antes de encadernar.


Em seguida, fiz um esboço leve usando pastel branco para delinear o desenho.


Reforcei, então, as linhas brancas porque pretendia que o desenho fosse feito apenas com pastel branco.


Mas quando me dei conta já tinha começado a rabiscar levemente o rosto. Aí não teve mais jeito, tive que continuar por esse caminho.


Por fim, reforcei um pouco mais a cor da pele, colori a flor de uma cor que se destacasse no fundo azul e reforcei os detalhes dos olhos, boca, sobrancelhas e cabelo usando lápis sanguínea, sépia, nero e carvão.

"Sem título". Pastel, carvão, sépia e sanguínea
sobre sketchbook artesanal, 2011.

É sempre bom achar que está no controle da situação e ver que, de um momento para outro, tudo muda. Assim como na vida, esse é o momento lidar com o inesperado e achar uma solução boa e criativa para o problema.

domingo, 1 de maio de 2011

Pensamento da semana

Sobre a pintura: "não conheço nada que, sem cansar o corpo, absorva a mente de modo tão completo. Quaisquer que sejam as preocupações do momento ou as ameaças do futuro, logo que a figura começa a fluir não há espaço para elas na tela mental. Elas passam para o campo inconsciente da sombra e da escuridão. Toda luz mental da pessoa se concentra no trabalho. O tempo fica respeitosamente à distância."

Winston Churchill, em Painting as a pastime.