
Desde criança sou fascinado pelo modo como as coisas funcionam. Quando ganhava um brinquedo, muitas vezes achava mais interessante saber como ele funcionava do que brincar com o mesmo. A estrutura interna das coisas me garantiam horas de diversão. Não por acaso, cansei de desmontar as coisas - não apenas brinquedos, para minha infelicidade - e não conseguir montar de volta... Creio que o meu interesse por anatomia veio - também - daí.
Ao me deparar com essa árvore fiquei muito impressionado. Com as raízes totalmente expostas, era possível observar o que não se percebe, o que fica sob da terra, o que a sustenta. Incrivelmente, a árvore estava fincada nas rochas, sem nenhuma aparente presença de algo menos rígido, menos maciço, como nos solos em que geralmente as vemos.

Fiquei me perguntando quantas dezenas - talvez até centenas - de anos ela demorou para conseguir se fixar ali; em quanto tempo a natureza leva para fazer coisas tão perfeitas, tão belas; e, acima de tudo, quanto tempo o homem leva para destruir tudo isso.

Na natureza, tudo se encontra em perfeita harmonia. Não há nada de orgânico ou inorgânico isolado, que não se comunique com o ambiente em que se encontra. Tudo surge e desaparece acontece ao longo do tempo como algo natural, espontâneo e não agressivo.
A lei do mais forte, que é uma teoria para explicar a ação de predador/presa em seu habitat natural, é, a meu ver, apenas uma justificativa para a ação corrosiva da única espécie existente que destrói o seu meio e a si própria...
Além da beleza das imagens ainda tenho a beleza das melhores lembranças de um lugar perfeito que se sustenta de forma inacreditável.
ResponderExcluirBjos, Sua Layla.