segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sketch


Sketch rápido, para não perder o costume, baseado na música "Seu Olhar", de Paulinho Moska.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pensamento da semana

"O poder que cada instituição administra depende também da administração da ignorância, do que falta ao outro que se deseja dominar. Deixe alguém sem palavras, analfabeto; do mesmo modo, afaste-o da competência do traço - ele não se tornará incapaz de projetar? [...] Quem pode desenhar, pode enganar; a quem não pode, só resta ser enganado."

Marcia Tiburi e Fernando Chuí, em Diálogo/Desenho.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aula de hoje: o cérebro humano

"Para Pensar Melhor", aquarela sobre página de livro, 2011.

"No interior do encéfalo existem ventrículos ocos que se comunicam com o canal da medula espinal, por onde circula o liquor."

Desenho (ou pintura, dependendo do ponto de vista) feito em aquarela em cima de uma página de uma apostila de vestibular, acho que da década de 70. Não tenho certeza porque achei ela por aí e acabei me apropriando da mesma.

Se algum vestibulando da década de 70 ainda estiver precisando desta apostila para passar no vestibular, pode me procurar que eu a devolvo (com uma página a menos, claro)...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pico dos Pireneus

"Pico dos Pireneus", aquarela sobre papel, 2011.

Localizado em Pirenópolis, o morro com 1385 metros de altitude é o ponto mais alto do Centro Oeste.

Em seu topo localiza-se uma capela dedicada a Santíssima Trindade. De lá, a vista é mais do que perfeita! O por do sol parecia ser pintado à mão, e nos poucos minutos antes de escurecer, observando tudo de cima, percebe-se - ainda mais - a insignificância do homem perante a imensidão da natureza.

Dia lindo, imagem difícil de sair da memória, tinha de ser representada, sem dúvida nenhuma...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

As dificuldades de se pintar a aquarela

Quem não se lembra daquela propaganda da Faber Castell, com a música Aquarela, do Toquinho, em que um lindo desenho ia se formando e, como quem não quer nada, tudo terminava em uma bela pintura à aquarela? Pena que na realidade não é tão fácil assim.

Na verdade, não é tão fácil quando o que se pretende é o domínio preciso da técnica, porque a aquarela se caracteriza pela sua capacidade de se expandir ocupando todo o papel como se tivesse vida própria. A aquarela é como uma pilha de louças sujas na pia: ou você a domina ou ela domina você...

Comparações cretinas a parte, o domínio da técnica mais precisa, como no caso da ilustração científica, leva anos de prática para ser adquirido. E para isso, o artista não pode ficar brigando com o material, algo que é frequente quando se trabalha com materiais de baixa qualidade. É claro que nem todo mundo precisa comprar o que há de mais caro para pintar com aquarela, mas com certeza um bom material facilita o trabalho, proporcionando mais conforto, praticidade e, claro, os melhores resultados.
Para tanto, a melhor tinta, sem dúvida nenhuma, é a da “Winsor & Newton” da linha “Artists”. O papel deve ser específico para aquarela, tendo no mínimo 250 g/m2. E, não menos importante, um bom pincel é fundamental. Os da “Serie 7”, também da mesma marca, são fabricados de modo totalmente artesanal, com todo cuidado e precisão necessária. Feitos de pelo de marta, são os que possuem maior capilaridade, ou seja, capacidade de absorver e reter água e tinta, maior flexibilidade e capacidade de recuperar a forma após a pincelada. São todos materiais importados da Inglaterra, fabricados desde 1832 – daí já se percebe o porquê de seu preço...

Tendo em mãos o material necessário, a técnica funciona mais ou menos assim: já com o desenho pronto, devem-se usar dois pinceis – o ideal são dois da mesma numeração –, um deles com tinta e o outro com água – na mesma quantidade. Passa-se então a tinta no papel e, rapidamente, o pincel com água na borda da camada de tinta para diluí-la e dar aquele efeito de transição de uma cor para a outra. Mas aí é que estão os problemas. Como saber se a quantidade de água e de tinta nos dois pinceis é a mesma? E como não deixar a tinta aplicada no papel secar, se em menos de 15 segundos ela já não mais permite fazer o efeito citado? Para elucidar melhor, vou mostrar minhas primeiras tentativas de pintar uma simples folhinha.



Essa foi primeira experiência. Eu poderia dizer que é uma folha meio modernista, em que eu tentei descaracterizar o que eu realmente via, etc, etc, etc... Mas a verdade é que eu não consegui fazer esse efeito de transição nem com “reza braba”!



Com mais calma, mais atenção e mais agilidade, essa foi a segunda tentativa utilizando a mesma folha como modelo. Ainda com muitos erros e com muita dificuldade, comecei a entender a lógica da técnica.



Outra tentativa posterior com um pouco mais folhas, de treino e paciência.



E, para terminar, um ramo de folhas de um Ingá-feijão – Inga marginata, da família Fabaceae – para uma prancha de ilustração científica. Aqui já se percebe a presença da luz, a forma irregular das folhas e os diferentes tons entre as nervuras, caule e folhas.

É obvio que ainda é um trabalho que precisa se aperfeiçoado, porque, creio eu, a técnica da ilustração científica, bem com a da aquarela em si, sempre pode ser melhorada. Ter consciência desta busca pelo aperfeiçoamento, consciência da própria imperfeição, de sua incompletude – bem como da incompletude humana –, é a receita para evoluir, seja nas artes ou na vida.