Mesmo assim, resolvi arriscar e colocar a minha interpretação e o meu gosto pessoal para esta criação a partir deste texto maravilhoso escrito pela minha amiga Alinne de Paula Carrijo. Não posso deixar também aqui as minhas desculpas pela demora, já que ela me presenteou com este texto há alguns meses. Desculpa, Nine. Dá próxima vez serei mais rápido, eu prometo...
Uma brisa leve perdida na imensidão, quase imperceptível, doce. Rapidamente, o delicado sopro mostra a que veio: as mãos suam gélidas e dormentes; o coração emerge num descompasso que não lhe é peculiar, a sensação explícita é de que vai sucumbir a qualquer instante; as pernas trêmulas parecem não aguentar a estrutura que cotidianamente suportam; por fim, aquele arrepio sutil que sobe das costas de encontro à nuca e daí, ah... daí não há mais como impedir: as sensações já ocupam cada célula do corpo e a mente converge todos os pensamentos a você. As borboletas que habitam o estômago não se contêm, precisam umas das outras para prolongar as sensações. Todas, juntas, ao mesmo tempo, provocando um colapso no corpo inteiro, uma mistura de prazer, medo, vontade, loucura, excitação e inocência. E a brisa, antes singela, agora é um turbilhão incontido de emoções. Falta o ar, falta o chão, falta você!
E, inesperadamente, as borboletas se acalmam, amenizam-se as sensações e a alma volta à tranquilidade habitual. Mas não se engane: a calmaria durará pouco tempo, porque, a qualquer momento, quando qualquer coisa remeter meu pensamento ao seu perfume, ao seu sorriso, à vibração da sua voz, ao toque leve das suas mãos sobre o meu corpo, as borboletas despertarão e, novamente, virão para mostrar o quão viva estou e o quanto eu sou feliz por ter você.
Alinne de Paula Carrijo, "Borboletas no estômago".
Bravo! Bravo! Bravo!
ResponderExcluirPrimeiro, não conhecia essa faceta da Alinne. Muito bom! E, depois a parceria com o Alves Maia aí casou muito bem.
Parabéns aos dois!
Valeu, Gonja.
ResponderExcluirAbraço.